segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sinal dos tempos - 23.01.09


Oi Pessoal
Foi o tempo em que para sair de casa bastava "encostar" a porta.
Lembro de quando era pequena e ia visitar meus Avós, a cena sempre se repetia: minha Vó ia até a "venda", um mercadinho que já dava os primeiros passos para se transformar em um shopping center, pois comercializava no mesmo local arroz, feijão, farinha e milho a granel.
Lembro também da banha de porco, o queijo fresco e a manteiga que eram feitos pela esposa do proprietário.
Em um outro cantinho, encontrávamos a área reservada ao "armarinho", local onde eram expostos, linhas, agulhas, apetrechos para bordados, cama, mesa e banho.
Mas o que mais me encantava, lá no século II, era a farmácia onde podíamos encontrar o famoso Biotônico Fontoura e diversas outras "poções milagrosas" que prometiam curar desde dedo quedrado até pequenas dificuldades conjugais, preparadas a base de ovo de codorna. Há quem diga que funcionava :)
Mas voltando as saídas da minha avó, motivo principal desta postagem, ela simplesmente saía pela porta e deixava-a encostada, muitas vezes inclusive, a mesma ficava aberta aguardando a sua volta.
Nos tempos atuais quem se atreve a fazer a mesma façanha?
As chaves acima eram do apartamento de Milão, vocês nem imaginam as do Brasil!
Pena precisarmos de tanta "segurança" não é mesmo?
Infelizmente é o sinal dos tempos.
Uma ótima semana para vocês!

6 comentários:

  1. Olá Célia, aqui eu deixo a porta da frente aberta por uns 20 minutos para o Romeu e Julieta pegarem o solzinho da manha. As bicicletas ficam estacionadas em frente as casas sem problema nenhum, noite e dia. Infelizmente no Brasil nem pensar...o Romeu e a Julieta iam ficar sem o solzinho deles,hehehe! Beijos querida amiga e um ótima semana para vcs!!

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  2. É verdade! E podíamos deixar as bicicletas do lado de fora, sem tranca; as roupas no varal à noite; a janela aberta para um sono fresquinho;... sinais dos tempos, mesmo!
    Grande beijo, Re

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  3. Celia, só aprendi a trancar as portas aos 20 anos quando nos mudamos para São Paulo! Triste que minha neta não vera isso.
    bjs
    Jussara

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  4. Verdade Célia, tranco tudo até para ir na padaria da esquina que fica apenas 4 casas depois da minha...
    Vivemoa na era da insegurança, infelismente...
    xero.

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  5. Pois é. E hoje é em qualquer interior... pena.
    Bjs!

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  6. Afora a triste constatação da falta de segurança (geral e absoluta tanto nas grandes quanto nas pequenas cidades) amei as recordações do tempo da vovó.
    Minha infância foi exatamente igual. Não havia perigo real. Apenas temíamos o que nossa imaginação infantil criava e tornava quase real.
    O restante, tranquilo como água de poço!

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