quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Sol está tão lindo

Se enxergar através dos filhos, 29.04.09 – quarta


Oi Pessoal
Hoje pela manhã depois de duas semanas de chuva, vimos que o tempo deu uma melhorada pelo menos até a hora do almoço. Com isto, resolvemos ir ao supermercado que fica há umas 4 quadras aqui de casa.
Procurei o carrinho da Eduarda e não encontrei.
Então disse a ela: “Filha acho que o teu carrinho está no carro do Papai”
Ela muito decidida respondeu: “Então Mamãe vamos ligar para ele!”
Diálogo da Pequena com o Papai:
“Oi Papai sou eu a Duda,
Você deixou o “carro meu” no teu carro. Agora a Mamãe e Eu não podemos ir ao supermercado.
E agora?”
Um longo silêncio se fez.
Ela aguardava uma explicação do por que o carrinho não estava a espera dela para irmos ao super.
Aquele sorriso lindo com o telefone entre a orelha e o ombro como se estivesse com as mãos ocupadas era uma cópia da Mamãe quando atende o telefone com as mãos cheias de brinquedos, roupas e calçados que estão espalhados pela casa.
A voz decidida e questionadora, idem.
Mas voltando ao carrinho, o Papai limitou-se a dizer:
“Certo filha quando eu for almoçar, deixo o carrinho aí para vocês irem ao super.”
Quando dizem que os casais ficam ao longo do tempo, parecidos assim como os filhos a sua semelhança, é a mais pura verdade.
O convício, a troca de experiências são referências diárias que servem de modelo.
As crianças aprendem também através dos exemplos que estão a sua volta.
Temos que tomar muito cuidado, portanto para que os conceitos repassados sejam desprovidos de preconceitos, medos ou restrições. Nem sempre é fácil.
As crianças em especial os nossos filhos, serão uma cópia muito parecida de cada um de nós.
O que eu posso dizer frente a esta constatação?

“Filha é muito bom vê-la crescer.
É muito bom poder acompanhar o teu desenvolvimento, aprendendo com você este novo e, porque não dizer, desconhecido lado da vida.
É muito bom perceber que nem sempre estamos certos e que a vida não precisa ser sistematicamente uma corrida em busca de algo que nem sempre é conhecido.
Deve sim ser uma troca diária de experiências com aprendizado mútuo e contínuo, revendo quando necessário, conceitos, questionamentos, opiniões e posicionamentos.
Dudinha, obrigado por fazer eu me “enxergar” em você!”
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terça-feira, 28 de abril de 2009

Inverno na primavera de Milão - 28.04.09, terça

Oi Pessoal
Chove nesta terra há duas semanas.
O frio voltou, a umidade é gigantesca.
Fiquei preocupada hoje na hora do almoço quando me peguei querendo comer insetos (literalmente) apresentava adicionalmente, uma cor esverdeada e a pele mais enrugada que o normal.
Acho que estou me transformando num sapo ou numa perereca – ai meu Deus!
Bom gente, nem roupa tenho mais, a chuva acompanhada pelo vento, trouxe novamente o inverno para estas terras.
Pensei desavisadamente que já estávamos na Primavera e que não precisaríamos mais de grossos casacos ou blusões de lã.
Resultado: devolvi todos para o Brasil quando estivemos por lá em Março.
Que lástima, que engano lamentável, pelo jeito ainda teremos muito frio pela frente.
A previsão comenta que só pára de chover na próxima quinta.
Isto deve-se a um destes fenômenos de esquenta aqui, esfria ali, degelo, camada de oxônio, El Ninho, El Passarinho, El Periquito sei lá, só sei que quem sofre as conseqüências são os pobres mortais.
Vi pela internet que agora inventaram outra gripe, a tal do Porco que mata sem dó nem piedade e se espalha “como rastilho de pólvora”.
Também com um tempo como este, com um planeta como este!
Como sempre penso que tudo tem seu lado positivo, estou matando um pouco as saudades do nosso friozinho gaúcho com muita umidade, vento e temperaturas baixas.
Como nada dura para sempre, esta inclusive é a máxima do ciclo da própria vida, daqui há pouco teremos sol, temperaturas mais altas e dias mais bonitos.
Enquanto isto, agradeço a antecipação da campanha do agasalho com posterior envio a Milão.
Por favor almas boas, pensem nos necessitados :)
Quanto a mim, enquanto a chuva não passa, vou tentar controlar ao máximo a vontade de comer insetos e voltarei a passar creme com mais freqüência no corpo para evitar qualquer similaridade com anfíbios.
Um ótimo dia a todos!
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domingo, 26 de abril de 2009

Domenica piovosa a Milano

Eu bem que achei estranho aquilo. Sete horas da manhã de um domingo e a Eduarda já estava se acordando. A mãe, claro, sempre junto. Dando sucrilhos, mingau, iogurte, sanduiche. Um banquete.
Ao abrir as janelas vi o tempo lá fora, e notei que o domingo não seria dos melhores. Tempo nublado, chuva e frio. Pensei em voltar para a cama, mas sabe como é: "pai tem que estar presente". Desisti dos meus pensamentos pecaminosos e vim para a sala "curtir" o domingo em casa.
Depois de uma hora sem a mamãe na sala, resolvi me perguntar onde estaria. Talvez em alguma atividade de planejamento do domingo chuvoso, talvez planejando nossa ida a Praga, na última semana de Junho.
Para minha surpresa, ela havia corrido com a Eduarda da cama para aproveitar o domingo chuvoso debaixo das cobertas de minha própria filha.
A fotografia não me deixa mentir!
Bom domingo (com chuva, ou sem),

sábado, 25 de abril de 2009

3000 visitas - 24.04.09, sexta

Oi Pessoal
Chegamos a mais uma marca neste blog, a de 3000 visitas.
Se é motivo de alegria editá-lo quase todos os dias atualizando-os quanto as notícias desta família que habita momentaneamente terras tão distantes, é também motivo de muita satisfação chegar a um número tão expressivo.
Vocês, ilustres amigos fizeram deste número uma realidade.
Não poderíamos colocar uma foto mais apropriada para comemorar uma ocasião tão especial - o Duomo de Milão!
Obrigado a vocês que dioturnamente nos fazem tão felizes com comentários animadores e palavras confortantes mas acima de tudo, com um carinho muito grande a distância.
Vocês fazem a diferença na nossa vida aqui na Itália.
Muito obrigado pelo carinho e pelas aparições :)
Um grande abraço
Célia, Eduarda e Eduardo
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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Papai voltou - 23.04.09 - quinta


Oi Pessoal
Finalmente o Eduardo voltou da Islândia depois de 8 dias tendo entre eles um fim de semana em que a chuva não deu trégua e nada estava aberto.
Para informação de algum desavisado, aqui apenas o 1º domingo do mês tem o comércio aberto.
Por que?
Alguém me disse que é em função do forte emblema católico do país, Vaticano, Praça de São Pedro, Papa, entendem? Trabalha-se 6 dias e descansa-se no 7º.
Eu definitivamente não entendo mas ...
Bom mas voltando ao retorno do "Papai" como diz a Eduarda, foi a maior festa e o sorriso acima indica tamanha alegria.
Não preciso dizer que ela foi dormir lá pelas 2h da manhã e hoje a primeira frase pronunciada foi: "Papai, onde está você?"
Desde o momento em que ele chegou (+- 23:00) até agora e pelo que vejo ainda por muitos dias, vai ser só Papai para cá, Papai para lá.
Já a Mãe é lembrada apenas nos momentos de fome ou de fazer xixi.
Tudo bem, ficamos muito tempo sozinhas e como digo, aqui somos só 3, quando um sai os demais ficam meio perdidos, a casa fica muito grande e a saudade fica mais explicita.
É faz parte e esta é a mais difícil para nós duas.
Agora tudo bem, pelo menos até a próxima viagem que acontecerá daqui há duas semanas.
Esta Islândia!
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Inflável andarilho - 21.04.09, terça


Oi Pessoal
Para driblar um pouco a saudade do Papai que está na Islândia tenho quase que fazer mágicas além de promessas para Santa Clara para o tempo melhorar.
Hoje aproveitando que a chuva deu uma trégua apesar do céu ainda continuar ameaçador, fomos encontrar uma pracinha para tirar o mofo dos seguidos dias com chuva.
Ao chegar na pracinha para a nossa surpresa encontramos um imenso parque inflável “andarilho” com inúmeros brinquedos como escorrega gigante, pula, pula de quatro tamanhos diferentes, sem falar nas casinhas, bicicletas, pistas para andar de carrinhos, mesas para fazer desenhos e muito mais.
Digo andarilho porque ele nunca esteve por lá antes. Felizmente chegou num dia bem apropriado.
A expressão da Eduarda ao ver os brinquedos foi muito legal, ela disse:
“Mãe, olha lá quantos brinquedos para mim, podemos entrar?”
Lá fui eu me entender com o atendente.
Pronto, conhecidas as regras locais lá fomos nós aproveitar longas duas horas e meia de brincadeiras.
Evidentemente a Mamãe precisava estar presente para ajudar a subir, ajudar a pular e até tirar partido quando as outras crianças pegavam os brinquedinhos da Filhinha.
Posso dizer que esta foi a parte mais difícil, pois como eu gostaria que ela se posicionasse dizendo:
“É meu!”
Que nada, normalmente ela cede e quando ela quer muito um brinquedo, como aconteceu quando ela encheu uma geladeira de comidinhas e uma bambina foi até lá e tirou-as, ela veio para o meu lado fazendo beicinho e querendo chorar. Lá fui eu tentar remediar as coisas.
Acreditem é um aprendizado para ela e para mim. Mas que dá vontade de matar as crianças, isto dá.
As crianças num lugar como este simplesmente desconhecem qualquer limite de perigo, altura ou qualquer outra restrição.
As mães, são outra parte interessante pois sentam, conversam entre si e esquecem dos filhos.
Em determinado momento só vi um bambino voando do escorrega altíssimo e indo parar no chão.
A mãe tomou conhecimento. Pobre do indiano que estava tentando inutilmente controlar as crianças limitando o acesso pela idade ou pelo tamanho.
Bom, cada um, cada um. Eu prefiro ficar sempre a uma distância segura da Eduarda para evitar maiores ou eventuais problemas.
Quando decidimos voltar para casa, estávamos tão cansadas que quando chegamos fomos direto para o banho sem necessidade de argumentação.
Foi muito legal a tarde, principalmente pela a proximidade da volta do Papai.
Ele faz muita falta.
E isto tanto eu quanto a Eduarda concordamos.
Faça boa viagem Papai!
Vejam abaixo mais fotos da minha bambina no parque inflável andarilho:)
http://picasaweb.google.com.br/celia.luiz/210409Inflavel#
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

A distância e o trabalho

Desde pequeno sempre fui muito ligado a família. Nunca fui do tipo que tinha dezenas de amigos, que andava em grandes círculos de amizades ou atividades sociais.
Minha reserva fez com que meu grupo de relacionamento sempre fosse muito pequeno e restrito. Coisa realmente de familia e alguns amigos.
Por isso a vida aqui na Islândia não tem sido muito fácil. O trabalho acaba ocupando parte do tempo deixado, mas obviamente eu sinto muita falta das minhas duas meninas que ficaram sozinhas em Milão. Esta é a primeira vez que as duas ficam sozinhas tanto tempo (sao oito dias no total), o que faz com que exista um final de semana no meio.
Mas eu estou aqui. Trabalhando. A foto mostra o nosso "escritório" aqui na Islândia. Eu fico naquela casinha branca com teto acinzentado. No meio de pedras e barro. De frente ao mar e as montanhas geladas do final do mundo.
Acho que morar por aqui deve ser realmente muito depressivo. A cidadezinha onde estamos contruindo a fábrica - no norte do país - tem 17.000 habitantes e é - pasmem - a segunda maior do país. Não tem nada (mesmo) para fazer. É trabalhar, ir para casa, navegar na internet, comer e dormir. E só.
E eu com o coraçao apertado com as minhas meninas sozinhas em Milão.
Segurem a barra. Sei que está sendo difícil para voces e para mim, mas já já estou de volta!
Saudades
Do Papai
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sábado, 18 de abril de 2009

Mas eu queria tanto ... 18.04.09, sábado


Oi Pessoal
Estranharam o título?
Quem tem filho o entende perfeitamente!
A Eduarda adora um desenho que se chama Charlie e Lola.
A Lola é uma menina de mais ou menos 4 anos e que tem uma personalidade muito forte.
Que o diga Charlie, o irmão mais velho que invariavelmente precisa contornar algumas das situações em que ela se mete.
Tudo ela sabe, tudo ela faz e sozinha, “não quero comer tomates, nem cenouras nem nadinha de nada” – diz ela quando o assunto é almoçar, entre outras que ela apronta.
Normalmente ela cede aos apelos do irmão que precisa de certa argumentação para convencê-la que ela precisa comer tomates de Saturno e cenouras de Júpiter.
Daí a semelhança com a minha Baixinha.
Ela é muito sensível a argumentações que evidentemente tenham fundamento.
Neste ponto não sei bem a quem ela puxou!
Mas voltando a Lola, ela é muito engraçada e muito simpática e normalmente, consegue as coisas que quer com um jeitinho todo especial.
Outra peculiaridade da minha filha.
Já há algum tempo a Eduarda quer um óculos. Diz ela: “o Papai tem, a Mamãe também por que eu não?
Ontem ela me olhou e disse firme e impassível: “Mãe, quero um óculos”
Argumentei dizendo que os óculos da Mamãe e do Papai não são de brincadeira e nós usamos porque não enxergamos bem sem eles.
A resposta dela foi: “A tá”, querendo dizer com esta frase, que o assunto ainda não estava encerrado.
Hoje fomos a uma loja e ela enxergou um totem com pilhas de óculos para crianças.
Não deu outra, ela imediatamente me disse: “Mas eu queria tanto ... um óculos para mim!”
Lembrei da Lola no mesmo instante J
Não resisti a carinha que ela fez e acabei comprando um.
Evidentemente ela escolheu.
Não poderia ser um mais escandaloso, é amarelo e cheio de florzinhas e estrelinhas coloridas.
É claro que só comprei depois de ler atenta e detalhadamente o manual de instruções e ter certeza que não causaria nenhum dano aos olhinhos. Bom, neste caso a Tia Dê pode me ajudar.
Mas retornando a Eduarda, ela esperou que eu pagasse e imediatamente colocou os óculos, ainda dentro da loja.
Muito engraçado vê-la olhando por cima das lentes uma vez que ficava muito escuro no ambiente fechado.
Quando saímos a rua, não havia mais sol e novamente argumentei que eles não eram mais necessários. O que ela disse? “Ah Mamãe, mas eu queria tanto ...”
Aí cheguei a uma simples conclusão, para que precisamos de SOL tendo óculos escuros para brincar?
Tá Eduarda, hoje eu liberei os óculos porque você está com muiiiiiiiiiiiiiiiiitas saudades do Papai, certo? Mas não acostuma!
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Convite para almoço - 13.04.09, segunda


Oi Pessoal
Não podia acabar a semana sem falar sobre o feriado desta segunda 13.04, aqui em Milão.
Temperatura de 30ºC, dia ensolarado e muita gente na rua.
Dia-a-dia aprendemos mais sobre os hábitos locais.
Ninguém, invariavelmente ninguém sai de casa no fim de semana ou no feriado sem um traje adequado como se fosse ir a missa ou a uma festa.
Visualizem, as mulheres usam saia, meia, sandálias e blusa de seda. A maquiagem é outro ponto forte. Ela é medida pelo peso que fica sobre o rosto.
Eu não poderia fazer frente a elas pois com a quantidade de “marcas de expressão” – viram, ruga mudou de nome – não poderia usar tamanha quantidade de maquiagem pois no primeiro sorriso apareceriam valos profundos que denotariam o século em que nasci :)
Mas voltando aos trajes locais, os homens usam calça e camisa social com sapatos combinando com as meias.
Já as crianças, pobre delas, as meninas usam vestidos com muitas rendas e os cabelos têm fitas ou enfeites que combinam com estes.
Os meninos vestem trajes onde a única variação é a calça que pode ser substituída por uma bermuda evidentemente, do mesmo tecido.
Imaginem estas pobres criaturinhas brincando numa pracinha com este tipo de roupa e num calor de verão?
É claro que existe alguma variação e para meu espanto, completamente antagônica. Meias arrastão, com saia curta, muito brilho em pleno dia e olhem que isto não significa uma pretensão de “renda extra”, é normal.
Muito esquisito.
Bom, nenhuma das descrições acima combina com a família Luiz Kasper.
Preferimos camiseta, tênis e calça jeans. Convém comentar que também temos alguma variação.
O Patriarca costuma usar camisetas de futebol do Inter ou qualquer outra que combine o amarelo com o preto, ou verde com o roxo ou ainda listas verticais e horizontais.
Somos assim, fazer o que?
Mas voltando ao feriado, fomos convidados para almoçar por um colega da Becromal.
Ao chegarmos no restaurante no horário marcado e com nossas roupas habituais, fomos surpreendidos por dois casais perfeita e adequadamente vestidos para a ocasião.
Um dos senhores inclusive vestia um traje completo e isto incluia gravata e paletó (vejam a foto acima).
Por sorte, o Eduardo na última hora desistiu da camiseta do Inter e colocou uma pólo com sapatos pretos.
Ufa!
Não que camiseta do Inter não seja um traje de “gala” mas decididamente não combina com os hábitos locais.
Vivendo e aprendendo não é mesmo?
Bom pessoal tenham todos um bom final de semana e, para os que conseguem, um ótimo feriadão!
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Coelho da Páscoa - 12.04.09, domingo


Oi Pessoal
Esta nova vida de Mãe em tempo integral tem me proporcionado experiências e emoções em muitos casos ainda não vividas.
Com a chegada da Páscoa e com a Eduarda com 3 aninhos achei que já era hora das “pegadinhas do Coelho”.

Antes disto no entanto, foram necessárias algumas explicações como: o que eram todos aqueles ovos no supermercado, o que era o Coelho da Páscoa e o que ele poderia fazer na noite de sábado para domingo.
Ela estava tão ansiosa no sábado que nem foi necessária a habitual pressão para ir para a cama.
Muito esperta, antes de dormir, ela disse: “Mamãe precisamos deixar algo para o Coelhinho comer quando ele chegar a nossa casa”.
Perguntei então o que ela gostaria de deixar para ele e ela prontamente respondeu: “Cenoura”.
Pegamos um pratinho e deixamos uma cenoura a espera do Coelho.

Não satisfeita, antes de ir para a cama ela comentou: “Mamãe acho que precisamos deixar além da cenoura, um ovo para o Coelhinho”.
Foi até a cozinha “dela” e pegou na geladeira um ovo deixando-o junto com a cenoura.
Já as pegadinhas foram outra estória. Como fazê-las?
Enquanto ela brincava na sala com o Eduardo, sempre vigiando o tal prato com a cenoura e o ovo, fui para o quarto preparar as “pegadinhas”.

Não preciso dizer que não sabia exatamente como seriam mas ...
... acabaram saindo e serviram de emoção para a nossa Pequenininha no dia seguinte.

Ela finalmente foi deitar sempre comentando a vinda do Coelhinho da Páscoa.
No outro dia pela manhã, a primeira coisa que fez ao acordar foi perguntar pelo Coelhinho.
Disse a ela que deveria ir até a sala para ver o que tinha acontecido na noite anterior.
Ela prontamente desceu da cama e correu para a sala.
Com um sorriso de orelha a orelha ela olhava sem muito entender o que significavam aquelas pegadinhas e onde elas levavam.
Antes de qualquer coisa ela procurou pelo pratinho da cenoura e do ovo e falou intrigada: “Mamãe o pratinho sumiu!”
Disse a ela que certamente o Coelho teria levado-o para a casinha dele quando deixou as pegadas na sala.

Estimulei-a a seguir as pegadas que terminavam numa cadeira onde algo estava escondido.
Quando ela viu o ovo de chocolate, irradiava emoção: “Mamãe, Papai olhem o que ele deixou para mim!”
O que minha filha, perguntei: “Um ovo grande” ela respondeu.

Disse a ela que o Coelhinho era muito sapequinha, que talvez tivesse deixado espalhado pela casa mais alguma coisa e que ela deveria procurar.
A cada achado, era uma festa! O último a ser encontrado foi a noite, na cama dela junto com o pratinho rosa que ela tanto perguntava.
Não preciso dizer que para minha tristeza o café da manhã do domingo ao contrário do cereal e do “suco rosa” – iogurte na linguagem das crianças, foi ovo de chocolate.
O engraçado foi no dia seguinte, segunda –feira, ela perguntar se o Coelhinho teria deixado a ela mais alguma coisa a exemplo do dia anterior.
Lá foram vários minutos para fazê-la entender porque ele tinha aparecido só no domingo.
Bom, independente das pegadinhas não terem ficado muito parecidas com as reais e do café da manhã ter sido ovo de chocolate, foi muito bom ter participado com a Eduarda desta primeira Páscoa com pegadinhas do Coelhinho, cenoura, ovo e pratinho rosa :)

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

MinitaliaLeolandia - 11.04.09, sábado


Oi Pessoal
Desde o susto do avião em POA e da chegada em Milão passaram-se alguns dias.
Com o fuso de 5h, a Páscoa e o feriado na segunda, estamos um tanto confusos, só para situá-los, motivo pelo qual esta postagem refere-se a sábado.
Lá pela 1h da tarde fomos conhecer um local que chama MinitaliaLeolandia, fica em Begamo e imaginávamos ser um Mini Mundo como o que temos em Gramado.
Para nossa surpresa encontramos mini cidades de diversas regiões da Itália, um parque de diversões gigantesco, um mini zoo, um barco onde podíamos conhecer as mini cidades da água e até um trem que dava a volta inteira no parque de diversões.
A temperatura agradável da primavera fez a diferença e a Eduarda se esbaldou.
Para todos os lados encontravámos construções em miniatura, pequenos animais do mini zoo como póneis, vaquinhas, entre outros e muiiiiiiiiiiiiitos brinquedos.
Para alguns destes a Eduarda dizia: "este não é muito perigoso", ao referir-se as montanhas russas de vários tamanhos e formas. Tal qual a Mãe dela que morre de medo de qualquer coisa que a tire do chão :)
Perdi a conta de quantas vezes ela andou no carrossel, no trenzinho, no helicóptero com o Papai e em "n" outros brinquedos.
Tiramos muiiiiiiiiiiiiiiiiitas fotos nas mini cidades, no parque de diversões, no mini zoo e até com o mascote do parque.
Foi um passeio muito legal.
A noite, a Eduarda se preparou para a chegada do Coelhinho da Páscoa, com pegadinhas e tudo mas esta parte do final de semana assim como o feriado da segunda, ficam para a próxima postagem.
Vejam abaixo fotos deste sábado de muito sol:
http://picasaweb.google.com.br/celia.luiz/110408Minitalia?authkey=Gv1sRgCOeikYi4nvDe2AE#
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domingo, 12 de abril de 2009

Pérolas

Eduarda parece ter algumas dificuldades com o fuso horário. Na última noite fez xixi na cama, resultado do sono pesado e do cansaço. Nessa noite escuto uma chamada baixinha:
- Papai!
Corro para o quarto dela, e temendo que o fato se repetisse, pergunto subitamente:
- Quer xixi, filha?
- Nao, já fiz. - completa ela virando para o lado sobre o colchão novamente molhado.
(espero que em breve ela volte a acordar antes do xixi)

sábado, 11 de abril de 2009

Post para a Beth

sexta-feira, 10 de abril de 2009

De volta a Milão – 09.04.09, quinta feira Santa


Oi Pessoal
Pois é depois de idas e vindas e até deportação, recebemos nosso visto da Itália e já estamos de volta em Milão.
É claro que também esta volta precisava de emoção para ter graça.
Então, passo a contar nossa aventura para retornar a Europa.

Na 4ª feira 08.04.09 estávamos com todos os documentos prontos e em mãos, passagens garantidas e já aguardando no aeroporto de POA.
O vôo original de partida para São Paulo era da TAM e estava marcado para às 15h.
No horário previsto, decolamos e já no procedimento de subida notamos um barulho estranho no motor.
Parecia que a aeronave estava sem forças. Sabem barulho de carro velho? Pois é mais ou menos assim.

Às 15:15 o piloto informou que havia "suspeitas" de problemas e que deveríamos retornar a POA para verificação mas, antes deixou claro que ninguém entrasse em pânico pois este seria apenas um procedimento de “profilaxia” e que não corríamos nenhum risco.

Vejam as palavras "textuais" do piloto: “Sesesenhores Papapassageiros titititivemos um proproprobleminha na aaaaeronave e estatatatamos rereretornando papapara Popoporto Alegre ...”.

Será que ele estava nervoso?
A coisa piorou quando ele foi fazer o mesmo comunicado em inglês, não saia uma palavra correta, esquecia os verbos e as frases ficavam pelo meio.

Seria cômico se não fosse apavorante.

Depois de mais meia hora andando em círculos para gastar o combustível, ele volta a nos dar informações dizendo que ao descermos, ficaríamos parados no meio da pista a espera de um reboque que nos levaria a área de manutenção da TAM.

Já imaginei o “Zé Reboque” do desenho “Roary” desenho da Discovery Kids que a Eduarda assiste, nos rebocando para uma minúscula garagem a espera do Mecânico.

É muito interessante ver a reação das pessoas numa situação como esta, vejam alguns casos que presenciamos:

Em um dado momento acredito que em função das inúmeras voltas que o piloto fazia, começou a sair uma fumaça da parte superior da aeronave, um homem que estava sentado na mesma fileira que nós, começou a gritar perguntando se o avião estava pegando fogo.

Imaginem a cena. Ele todo escabelado, falando e gesticulando sem parar e fazendo uma pergunta como esta em alto e bom tom?

Quem ainda não tinha percebido o que estava ocorrendo ou estava dormindo, quase caiu da cadeira.

Ao lado desta criatura encontrava-se uma outra pessoa que imaginei ser muçulmano pela aparência (tamanho do nariz) e pelos jornais que ele estava lendo.
Este infeliz ficou mudo o tempo todo mas a aparência dele era de puro pavor, ele pegava os jornais e as revistas que tinha trazido e lia todos ao mesmo tempo, se não me engano posso ter visto algum deles inclusive, de cabeça para baixo.

Enquanto isto a Eduarda dormia o sono dos anjos e Eu e o Eduardo calados, a espera do desfecho.

Quando finalmente o avião pousou, agradeci a todos os anjos, santos e mestres que nos acompanhavam e que fizeram com que nada de mais grave tivesse ocorrido.

Descemos e ganhamos uma plaquinha que dizia REEMBARQUE (cômico).
Aguardamos numa sala pequena e que ficou lotada em poucos segundos, o avião que nos levaria finalmente a São Paulo.

Reembarcamos às 17:30 receosos que perderíamos o vôo de conexão para Milão. Felizmente não.

O segundo vôo para São Paulo, diferentemente do primeiro foi muito tranqüilo e a natureza nos presenteou com um belo espetáculo de fim de tarde (ver foto acima).
A lua cheia refletida nas nuvens brancas dava-nos a impressão de estarmos voando sobre neve ou como disse a Eduarda: “Mãe parece purê de batatas”.

Mas é claro que a aventura não acabou por aí. Quando pegamos o vôo para Milão o avião estava lotado.

A “anta”, desculpe-me as antas, que reservou os assentos, colocou-nos em lugares onde as laterais das poltronas eram fixas.
Imaginem passar a noite inteira com uma criança sem ter como colocá-la deitada?
Lá fomos nós a cata de outro lugar.
Encontramos! Sabem onde? Em frente aos dois banheiros.
Agora sei porque estes lugares estavam vagos.
Muito bom passar a noite inteira acordando com o barulho da porta abrindo e fechando, da descarga e com o acende e apaga das luzes. Sem falar que você é o último a recebera janta e o café da manhã e ainda se sobrar.

Bom, depois de tudo isto, chegamos a Milão muito cansados mas muito bem, graças a Deus!

Milão continua linda, a temperatura em torno dos 18ºC e muito sol.

Por hoje é só até porque precisamos nos recuperar desta volta a volta a Itália que começou com a deportação do Eduardo uma semana antes, um “quase assalto” em frente da casa da minha Mãe, um avião com uma pane e dormir na frente do banheiro.

Tudo bem!
Finalmente estamos em Milão!

Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos uma boa Páscoa com muitos ovinhos de chocolate, alegrias e realizações.

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Aos Preocupados de Plantão


Uma pequena pausa para tratar de um tema sério. A Itália está em comoção pelos terremotos que atingiram a região de L'Aquila, nas proximidades de Roma. Morreram centenas de pessoas nessa tragédia, e estamos solidários as famílias das vitimas e ao povo Italiano.
No entanto, caros leitores, a região de risco de tais tremores é bem distante de Milão. Ou seja, não temos nenhum risco de estar próximos aos terremotos que estão ocorrendo na Itália. Notem no maa acima (fonte UOL) as regiões onde existem maiores riscos de tremores no território Italiano.
Felizmente estamos bem, bem distantes.
Graças a Deus.
Voltamos com a nossa programação normal.
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GRENAL - 05.04.09, domingo

Oi Pessoal
Toda família tem uma "ovelha negra" a da nossa, é esta de blusa verde.
Pobrezinha dela, sofre, sofre ...
Tem mais gente em situação similar. Alguns aparecem nas fotos de família outros não.
O Lucas - meu sobrinho, sumiu, talvez já prevendo a catástrofe azul.

Bom depois de muita festa do centenário e do resultado do GRENAL finalmente consigo adicionar meus comentários relativos a esta importante data.

Domingo de galeto na casa da minha Mãe, com salada de batata, tomate e alface e vários palpites sobre o jogo, os colorados chegaram ao final do dia felizes e os gremistas já acostumados ao resultado, lamentavam o ocorrido.
QUE COISA!

O bom de tudo isto é o respeito pelo outro, a não violência no estádio e um jogo para a gente brincar com o resultado.

Parabéns Colorados!

Vou sentir falta de tudo isto lá na Itália!
Vejam algumas fotos do domingo em família:
http://picasaweb.google.com.br/celia.luiz/GRENAL050409##
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domingo, 5 de abril de 2009

Serra Gaucha - 04.04.09, sábado


Oi Pessoal
A Serra Gaúcha continua linda!
Como é bom voltar ao Brasil e poder visitá-la!
Tudo está decorado para a Páscoa, época de renovação.
Canela e Gramado acabam sendo os endereços preferidos e as duas cidades estão lindas!
O sábado estava maravilhoso, o sol quente e o almoço no Romanus, como sempre uma delicia!
A Eduarda só falava no Ursinho Gui e na Ursinha Anna do Mini Mundo.
O sorriso da foto acima demonstra a felicidade de ver os dois.
E teve até um "Oh! O que! Trens Mamãe!" quando ela viu os trenzinhos andando sobre os trilhos e passeando pela mini cidade que até parece de sonhos!

Algumas construções desta mini cidade me encantam particularmente, o Castelo de Neuschwanstein - fantástico, a Noiva saindo da Igreja e os tuneis por onde os trens passam. Tudo é muito perfeito!
Muito legal!
Quem não volta a ser criança num lugar como este?

Para abrilhantar ainda mais o dia, 04.04.09 é o aniversário do Inter, 100 anos!
Parabéns colorados e coloradas do mundo todo!

Depois de tantas brincadeiras e comemorações, nada melhor do que no final da noite uma comemoração especial, um jantarzinho a dois - só o Papai e a Mamãe?
Muito bom!

Nos despedimos da Serra, lugar que um dia talvez seja o nosso endereço de destino.

Aproveito o clima de ovinhos e coelhinhos para desejar antecipadamente uma Feliz Páscoa, muita saúde e prosperidade a todos.
Lembremo-nos que Páscoa é tempo de Renovação, de esperanças, alegrias, de repensar o presente dedicando ao futuro um pouquinho de atenção.
Não muita mas o suficiente para SONHAR!
Abaixo vocês podem ver mais fotos deste dia de grandes emoções!

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

A procura de uma sombra - 01.04.09, quarta

Oi Pessoal
Como informou o noticiário, choveu e a temperatura caiu vertiginosamente mas eu não quero falar disto.
Quero falar sim de uma experiência que passei no último domingo.
Acompanhem um breve relato:

No domingo estava dando uma desparecida no Parcão de Gravataí num calor de derreter os miolos.
De repente, vem em minha direção várias pessoas que imaginava terem saído da missa de DOM.
Estava eu sentada numa pedra e em uma das poucas sombras daquele dia tórrido.
Aquele bando veio caminhando devagarinho pois certamente era um grupo da "Melhor Idade".

Repentinamente chegaram e ocuparam a "minha" sombra. Um deles inclusive colocou o pé na pedra em que eu estava sentada.
Que desaforo!
Por indignação e também por não saber ao certo o que fazer, fiquei parada na "minha" pedrinha e passei a ouvir o que diziam até para entender o que estava acontecendo.

Esta é uma situação que você nunca imagina que estará envolvido. Pensei por breves segundos numa forma honrosa de sair dali.
Falei para mim mesmo: "Vou levantar da "minha" pedra, pedir licença e sair".
Logo, logo desisti pois me senti constrangida frente a multidão que me cercava.

Tudo bem, por mais inusitada que fosse a situação, resolvi me fazer de surda e ficar ali paradinha.

Reparei que vários deles tinham máquinas fotográficas nas mãos o que demonstrava que não tinham realmente saído da missa.

Vários falavam portugues mas outros tantos falavam, pasmem, em alemão.
Imaginem só, eles estavam fazendo turismo em Gravataí!

O papo era algo "cabeça".

O Senhor que colocou o pé displicentemente na minha pedra falava da aposentadoria e comentava com entusiasmo a quantidade de processos que ele tinha contra o seu empregador.
O que ouvia, não querendo ficar para trás, comentou que também tinha alguns e que o filho dele que era Advogado - falava com orgulho na voz, é que tomava conta destes assuntos.
Isto inclusive possibilitava a ele levar a vida com certa facilidade tendo um rendimento mensal de R$ 420,00
Outras duas senhoras falavam efusivamente em alemão um assunto que deveria ser de grande interesse para ambas.

Ficaram ali aproveitando a "minha" sombra por uns 10 ou 15 min. Como eles eram muitos eu não conseguia acompanhar um assunto até o final pois todos falavam ao mesmo tempo.

Quando eles sentiram que a sombra já tinha sido suficiente para recuperar o folego, continuaram sua caminhada para alguma direção que não vi qual era.

Mesmo depois de ser ignorada, não ser convidada a opinar sobre os assuntos de interesse e ainda ter usada a "minha" sombra e a "minha" pedra, fiquei feliz por ver o quão inusitadas e até engraçadas podem ser as situações na vida da gente.

Levantei da "minha" pedra e da "minha" sombra e voltei para casa contente por eles terem escolhido Gravataí para uma viagem de turismo e por ver que não existe idade para ser feliz e aproveitar a vida.
As limitações são invariavelmente impostas por nós mesmos.