segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Akureyri, Islândia - 24.08.09 - domingo




Oi Pessoal
Cá estamos nós na Islândia. Uma terra fria e isolada.
Uma ilha remota perdida em meio ao Oceano Atlântico entre a Europa e a América.
Onde não crescem árvores e chove muito.
Onde pisamos em lava endurecida pela neve e gelo constantes após grandes erupções .
Uma terra de fogo e gelo, habitada por gente que fala uma língua incompreensível mas são fortes, tenazes e filhos de Vickings.
Um lugar de difícil acesso mas de natureza abundante.
Como diz o título de um livro que estou lendo: "Islândia involta em gelo, coração de fogo".
É exatamente assim que é esta ilha, uma terra de contrastes.
Estamos em Akureyri, a segunda maior cidade em população da Islândia - 16000.
Um número expressivo se comparado ao ano de 1862 quando foi elevada a município, onde contava com apenas 200 pessoas.
As fotos acima mostram uma das ruas centrais da cidade.
A segunda, ilustra um pouco da paisagem local, montanhas cobertas de neve e em pleno verão.
A terceira, mostra a responsável por estarmos aqui tão distantes de nosso habitat.
Trata-se de uma fábrica de preoxidação de folhas de alumínio, matéria-prima básica para construção de capacitores eletrolíticos em que o Eduardo é um dos responsáveis por fazê-la entrar em operação.
Enquanto isto eu e a Eduarda conhecemos as paisagens e os hábitos locais.
Mas deixando os detalhes técnicos de lado e dando ênfase a Akureyri, trata-se de uma cidade muito pequena mas com um suporte cultural grande.
Todas as pessoas falam além do islandes, o ingles. São muito gentis e fazem questão que você se sinta "em casa".
O tempo por aqui é sempre uma incógnita pois chove e pode fazer sol todos os dias, mas quem com certeza está sempre presente é o vento. Ele inclusive é o responsável por deixar a sensação térmica sempre muito baixa.
Para terem uma idéia, estamos no verão e a temperatura durante esta semana variou entre 3 e 12 graus, com sensação térmica de -1 a 10 graus.
Esta temperatura faz os islandeses irem para rua de bermuda e camiseta de manga curta.
Velajar nas águas frias do oceano é outro programa para esta época do ano.
O comércio local, atende as necessidades básicas da população no entanto fecha muito cedo, entre 18 e 19h.
O número de restaurantes é grande e nesta época do ano, estão sempre lotados pois um dos destinos dos europeus no verão é Akureyri.
Tudo aqui é muito diferente do restante dos lugares que conhecemos e vocês verão nas próximas postagens.
Aqui existem montanhas com neve durante os 12 meses do ano.
Têm geysers que fazem brotar do solo, água e gas em temperaturas muito altas.
Existem crateras enormes de vulcões que parecem estar prestes a entrar em erupção.
Existem cachoeiras abundantes onde a água é fruto do degelo e fonte de energia.
As paisagens em alguns momentos são "lunares", em outros parecem fotos de Saturno.
Tão sem vida nos locais onde encontramos lavas vulcânicas, tão pulsante quando vemos os geysers ou as cachoeiras.
Assim é Akureyri.
Desculpe-me Beth por ainda não ter dado o close no vaso de flores da rua central.
Desculpem os demais seguidores desteblog por ainda não ter descrito as dificuldades de se fazer as compras no supermercado, mas eu não poderia deixar de falar um pouco dos aspectos locais.
Akureyri tem muito além do que comentei e algumas destas coisas postarei em seguida.
Por enquanto, vejam algumas fotos desta cidade tão diferente, tão ... única:
http://picasaweb.google.it/celia.luiz/AkureyriIslandiaAgo09#5373308397341721906
Posted by Picasa

Um comentário:

  1. Putz!!!
    Perfeita tua descrição da cidade. Perdoada, portanto, por não ter fotografado o vaso de flores naquela rua. Isto tem tempo. Tua descriçao, muuuuuuito didática.
    16000 hab. temperatura de verão 3 a 12 graus mas com sensaçao termica negativa, habitantes gentis, enfim... ah e tem tb. os "geysers" que, à propósito vi uma reportagem na GloboNews a pouco tempo. Mas que vale esperar para ver teu falatório e impressões à respeito.
    Adorei as fotos.

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